O músico Matias Damásio que tem agendado para este sábado
(27), o seu primeiro grande show em Luanda, no Centro de Conferencias de
Belas, defendeu em entrevista a Rádio Luanda o aumento do preço dos
CDs, uma ideia reprovada durante a mesma entrevista pelo cantor Adi
Cudz.
Para Matias Damásio que falava nesta
quinta-feira (25), na Rádio Luanda, o preço da venda dos discos dos
artistas nacionais deve sofrer um reajuste devido à actual situação
económica, financeira e cambial que se vive no país.
“As propinas dos meus filhos subiram, o
arroz subiu, a fuba subiu por que o disco não pode subir? Mais um
preconceito contra a música angolana e contra o artista”, disse Matias
Damásio.
Com a subida dos preços, Matias alegou
que o custo da produção de um trabalho discográfico também subiu e não
compensa gastar pouco mais de 10 milhões de kwanzas em produção para
depois vender o CD por 1000 kz.
“Eu, Matias, nesta altura, não vou
conseguir fazer um CD a vender por Kz 1000. Neste momento, esses Kz 1000
não suportam os custos de investimento para a produção de um CD
“, sublinhou Damásio.
Já para os músicos Adi Cudz e Calo
Pascual que também analisavam num dos programas da Rádio Luanda o estado
da música angolana neste momento de crise, mesmo comercializados a Kz
1000, as vendas dos CD estão em declínio, devido à diminuição do poder
de compra por causa da crise. Daí que, para Caló Pascoal e Adi Cudz,
este não seja o momento para se reajustarem preços.
“Não estamos a ser totalmente realistas.
Estamos a falar de um país que está em crise, onde a tia está com
dificuldade de comprar um peixe carapau e nós estamos a falar de CD”,
disse Adi Cudz.
“Para haver reajuste tem que haver
contenção”, alerta Caló Pascoal, contrariado por Matias Dámasio,
proprietário da Arca Velha, que produziu os álbuns de Bruna Tatiana e
Afrikanas e, neste momento, está a produzir o disco de Samanta.
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